REAJUSTE ANUAL EM PLANOS DE SAÚDE EMPRESARIAIS COM MENOS DE 30 VIDAS

Saiba como funcionam os reajustes anuais e a possibilidade de revisão judicial em planos de saúde empresariais pequenos.

PLANO DE SAÚDE

Natália Pires

5/30/20241 min read

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Um plano de saúde empresarial é aquele contratado por uma empresa para oferecer cobertura de saúde a seus funcionários.

A principal diferença entre planos com menos de 30 vidas e aqueles com 30 vidas ou mais está na forma de cálculo dos reajustes e na regulamentação. Planos menores frequentemente enfrentam critérios mais específicos.

A aplicação da legislação consumerista a esses contratos pode variar, dependendo das características específicas do plano.

Os índices de reajuste anual dos planos de saúde empresariais são determinados por uma série de regras, regulamentos e leis. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não regula diretamente os reajustes dos planos coletivos empresariais, ao contrário dos planos individuais.

Para planos empresariais com menos de 30 vidas, o reajuste deve ser negociado entre a operadora e a empresa contratante, mas deve seguir critérios que garantam a paridade na negociação, a transparência e a razoabilidade.

Um contrato de plano de saúde empresarial com menos de 30 vidas pode ser considerado um “falso coletivo” se, na verdade, for utilizado para beneficiar um grupo familiar sem vínculo empregatício real com a empresa contratante, por exemplo. Nesses casos, a jurisprudência tem entendido que o caráter empresarial do plano pode ser descaracterizado, aplicando-se as regras de reajuste de planos individuais, para promover a melhor proteção do consumidor.

Reclamações sobre reajustes abusivos em planos de saúde empresariais com menos de 30 vidas são comuns, considerando que são a opção mais fácil de contratação, já que as operadoras têm dificultado e onerado excessivamente o acesso aos planos de saúde individuais; os usuários frequentemente relatam aumentos desproporcionais que fogem da previsibilidade e afetam significativamente seu orçamento.

É possível contestar esses reajustes judicialmente, e os tribunais brasileiros têm, em muitos casos, reconhecido a abusividade dos reajustes e determinado a aplicação de índices mais justos. A fundamentação mais utilizada inclui a proteção ao consumidor e o princípio da boa-fé nas relações contratuais.

O Tribunal de Justiça da Bahia tem se mostrado sensível às questões envolvendo planos de saúde empresariais com menos de 30 vidas. Em diversas decisões, tem reconhecido a possibilidade de revisão judicial dos reajustes, aplicando a legislação consumerista para proteger os beneficiários. A fundamentação costuma envolver a análise detalhada do contrato, a caracterização do “falso coletivo” e a aplicação de índices regulados pela ANS.

Os reajustes anuais em planos de saúde empresariais com menos de 30 vidas podem ser contestados judicialmente quando configuram abusividade, e o usuário deve estar sempre atento a essa possibilidade.

Se você enfrenta problemas com reajustes em seu plano de saúde empresarial, buscar orientação jurídica especializada pode ser o primeiro passo para resolver.

Precisa de ajuda para revisar o reajuste do seu plano de saúde empresarial? Nossa equipe está pronta para auxiliá-lo a entender mais sobre o reajuste anual e buscar uma mensalidade justa e equilibrada.